Você se lembra de quando a Euro 2021 finalmente aconteceu em 2021, após ser adiada pela pandemia? Aquela competição trouxe emoções incríveis, jogos memoráveis e uma configuração de grupos que gerou debates acalorados entre torcedores do mundo inteiro. A fase de grupos da euro 2021 foi particularmente especial porque reuniu algumas das seleções mais competitivas da história recente do futebol europeu, criando confrontos que ninguém esperava ver tão cedo em um torneio.
Neste artigo, vou mergulhar profundamente na estrutura dos grupos do campeonato europeu, explicando como funcionou a distribuição das seleções, quais foram os jogos mais marcantes, as surpresas que ninguém previu e as lições táticas que podemos extrair dessa competição histórica. Se você é apaixonado por futebol e quer entender todos os detalhes sobre como os grupos foram organizados e o que tornou essa edição tão especial, você está no lugar certo.
A Estrutura Revolucionária dos Grupos da Eurocopa
A euro 2021 trouxe uma novidade significativa em comparação com edições anteriores: pela primeira vez na história, o torneio contou com 24 seleções divididas em seis grupos. Essa mudança, implementada desde a Euro 2016, manteve-se nesta edição e transformou completamente a dinâmica da competição. Cada grupo tinha quatro equipes, e a classificação não se limitava apenas aos dois primeiros colocados de cada chave.
O formato permitia que os quatro melhores terceiros colocados também avançassem para as oitavas de final, criando uma tensão adicional em cada partida da fase de grupos. Isso significava que mesmo seleções que não tivessem um desempenho perfeito ainda tinham chances reais de continuar na competição. Para os torcedores, essa configuração garantiu que praticamente todos os jogos tivessem importância, já que até o último minuto da fase de grupos, várias equipes ainda estavam lutando por uma vaga.
A distribuição geográfica dos jogos também foi única. Diferentemente de outras edições, onde um ou dois países sediavam todo o torneio, a euro 2021 foi realizada em onze cidades diferentes espalhadas pela Europa, de Londres a Baku, de Munique a São Petersburgo. Essa decisão comemorativa, marcando os 60 anos da competição, influenciou diretamente como os grupos foram organizados, com algumas seleções tendo vantagem de jogar em casa durante toda a fase inicial.
Grupo A: A Itália Ressurgente e o Drama Turco
O Grupo A da euro 2021 reuniu Itália, Suíça, Turquia e País de Gales. À primeira vista, parecia um grupo equilibrado, mas a Itália de Roberto Mancini tinha outros planos. A Azzurra entrou no torneio com uma sequência invicta impressionante e demonstrou desde o jogo de abertura contra a Turquia que estava em um nível completamente diferente.
A vitória italiana por 3 a 0 no Estádio Olímpico de Roma, diante de sua torcida, foi apenas o começo de uma campanha impecável na fase de grupos. O que impressionou não foi apenas o resultado, mas a forma como a Itália jogou: futebol ofensivo, pressão alta, intensidade do início ao fim. Jogadores como Ciro Immobile, Lorenzo Insigne e o veterano Giorgio Chiellini mostraram que a seleção italiana havia recuperado sua identidade vencedora.
A Turquia, por outro lado, foi a grande decepção deste grupo. Chegava ao torneio com expectativas elevadas após uma campanha qualificatória sólida, mas desmoronou completamente. Perdeu os três jogos da fase de grupos, não marcou um único gol nas primeiras duas partidas e deixou o torneio pela porta dos fundos. Foi um lembrete cruel de como as expectativas no futebol podem ser rapidamente destruídas quando a pressão aumenta.
O País de Gales, liderado por Gareth Bale e Aaron Ramsey, mostrou resiliência característica. Apesar de não ter o elenco mais talentoso do grupo, os galeses conseguiram se classificar como um dos melhores terceiros colocados, provando que organização tática e espírito de equipe ainda fazem diferença no futebol moderno. A Suíça garantiu o segundo lugar com atuações consistentes, preparando-se para uma campanha que surpreenderia nas fases seguintes.
Grupo B: A Bélgica Favorita e a Decepção Finlandesa
Quando falamos do Grupo B da euro 2021, precisamos começar pela Bélgica, que entrou como uma das grandes favoritas ao título. A geração dourada belga, com jogadores como Kevin De Bruyne, Romelu Lukaku e Eden Hazard, sabia que esta poderia ser sua última chance real de conquistar um título importante. A pressão era enorme, mas eles corresponderam na fase de grupos.
A Bélgica venceu seus três jogos, demonstrando profundidade em seu elenco e versatilidade tática. Lukaku estava em forma excepcional, marcando gols decisivos e mostrando por que era considerado um dos melhores atacantes do mundo naquele momento. A vitória por 2 a 0 sobre a Finlândia na partida de estreia deu o tom: os belgas estavam sérios e focados.
A Dinamarca teve uma jornada absolutamente dramática neste grupo. O colapso de Christian Eriksen durante o jogo de estreia contra a Finlândia chocou o mundo do futebol e colocou tudo em perspectiva. Ver aquele jogador talentoso lutando pela vida no campo foi traumático para seus companheiros de equipe, adversários e milhões de espectadores. A partida foi suspensa e posteriormente retomada, com a Finlândia vencendo por 1 a 0.
Após aquele momento terrível, poucos esperavam que a Dinamarca se recuperasse emocionalmente a tempo de competir de forma eficaz no restante do torneio. Eles perderam também para a Bélgica na segunda rodada, mas algo mudou no último jogo contra a Rússia. Os dinamarqueses jogaram com uma intensidade emocional que era palpável, vencendo por 4 a 1 e garantindo sua classificação. Aquela vitória foi dedicada a Eriksen e marcou o início de uma campanha inspiradora que levaria a Dinamarca até as semifinais.
A Rússia chegou com esperanças modestas, mas mostrou alguns momentos de qualidade, especialmente na vitória surpreendente sobre a Finlândia. No entanto, não conseguiu manter a consistência necessária para avançar. A Finlândia, em sua primeira participação em uma fase final de Eurocopa, lutou bravamente mas acabou eliminada, provando que a experiência em grandes torneios ainda faz diferença.
Grupo C: O Grupo da Morte e Suas Reviravoltas
Se existe um termo que define perfeitamente o Grupo C da euro 2021, esse termo é "grupo da morte". Reunir Holanda, Ucrânia, Áustria e Macedônia do Norte em uma mesma chave significava que pelo menos uma seleção de qualidade seria eliminada precocemente. A competitividade foi feroz desde o primeiro apito.
A Holanda, jogando em casa na Johan Cruyff Arena em Amsterdã, tinha a vantagem do apoio da torcida e a responsabilidade de honrar as expectativas. Sob o comando de Frank de Boer, os holandeses mostraram um futebol atraente e eficaz, vencendo todos os seus três jogos na fase de grupos. Memphis Depay estava inspirado, e jogadores como Frenkie de Jong e Matthijs de Ligt demonstraram maturidade impressionante para suas idades.
A vitória holandesa por 3 a 2 sobre a Ucrânia no jogo de abertura foi um dos confrontos mais eletrizantes da fase de grupos. Cinco gols, viradas, emoção do início ao fim - foi o tipo de jogo que lembra por que amamos futebol. A Ucrânia, apesar da derrota inicial, mostrou caráter ao se recuperar e garantir a classificação como um dos melhores terceiros colocados.
A Áustria foi a surpresa positiva deste grupo. Com um elenco que não chamava tanta atenção antes do torneio, os austríacos jogaram com organização, disciplina e aproveitar as oportunidades que surgiram. David Alaba, jogando sua última temporada pelo Bayern de Munique naquela época, liderou pelo exemplo, e jogadores como Marcel Sabitzer e Marko Arnautović contribuíram com momentos decisivos.
A Macedônia do Norte, participando de sua primeira Eurocopa, enfrentou o desafio de competir contra seleções com muito mais tradição e recursos. Apesar da eliminação, eles conseguiram sua primeira vitória histórica em uma fase final ao vencer a Áustria por 3 a 1, um momento que será lembrado para sempre pelos torcedores macedônios. Aquele gol de Goran Pandev, aos 37 anos, foi carregado de emoção e significado.
Grupo D: Inglaterra em Casa e a Croácia Vice-Campeã
O Grupo D da euro 2021 tinha uma narrativa especial: a Inglaterra jogando em Wembley, seu templo sagrado do futebol, com toda a pressão e expectativa que acompanha a seleção dos Três Leões. Completavam o grupo a Croácia, vice-campeã da Copa do Mundo de 2018, a República Tcheca e a Escócia, criando rivalidades históricas e novos desafios.
A Inglaterra começou seu torneio da melhor forma possível, vencendo a Croácia por 1 a 0 em um jogo que funcionou como uma pequena vingança pela semifinal da Copa de 2018. Raheem Sterling marcou o gol decisivo, e a defesa inglesa, liderada por Harry Maguire (quando recuperado de lesão) e John Stones, mostrou solidez impressionante. Gareth Southgate tinha construído uma equipe equilibrada, madura e focada.
O empate sem gols entre Inglaterra e Escócia foi um dos jogos mais esperados da fase de grupos, reacendendo uma das rivalidades mais antigas do futebol mundial. O Tartan Army, como são conhecidos os torcedores escoceses, compareceu em massa a Wembley, criando uma atmosfera especial. Os escoceses defenderam heroicamente e quase arrancaram a vitória nos minutos finais, mas a Inglaterra conseguiu segurar o empate.
A Croácia, com seu meio-campo de ouro formado por Luka Modrić, Mateo Kovačić e Marcelo Brozović, mostrou toda sua classe e experiência. Modrić, em particular, estava em um nível extraordinário para um jogador de 35 anos, orquestrando o jogo croata com a elegância e visão que o tornaram um dos melhores meio-campistas de sua geração. A vitória por 3 a 1 sobre a Escócia no último jogo garantiu a classificação croata.
A República Tcheca avançou como uma das melhores terceiras colocadas, mostrando pragmatismo tático. Patrik Schick emergiu como um dos artilheiros do torneio, marcando gols espetaculares, incluindo aquele chute de meio-campo contra a Escócia que entrou na história da competição. A Escócia, apesar do apoio apaixonado de seus torcedores, foi eliminada, mas saiu com a sensação de que deu o seu máximo.
Grupo E: Espanha Dominante mas Ineficaz e a Polônia de Lewandowski
O Grupo E foi um dos mais intrigantes da euro 2021 por reunir seleções com estilos completamente diferentes. A Espanha de Luis Enrique chegava com dúvidas após uma fase qualificatória irregular, a Polônia dependia excessivamente de Robert Lewandowski, a Suécia apostava em organização defensiva, e a Eslováquia era a azarona.
A Espanha dominou a posse de bola em todos os seus jogos, circulando a bola com a paciência e precisão características do futebol espanhol. O problema foi a finalização: a equipe criava inúmeras oportunidades mas tinha dificuldade em converter. O empate sem gols na estreia contra a Suécia exemplificou perfeitamente essa frustração. A Fúria teve 85% de posse de bola, mas não conseguiu marcar.
A goleada por 5 a 0 sobre a Eslováquia no segundo jogo trouxe algum alívio, mas as críticas sobre a ineficiência ofensiva permaneceram. No último jogo contra a Polônia, a Espanha venceu por 1 a 1 (empatou, na verdade), em uma partida emocionante que garantiu a classificação de ambas as equipes. Jogadores jovens como Pedri mostraram maturidade impressionante, enquanto veteranos como Jordi Alba e Sergio Busquets forneceram a experiência necessária.
A Polônia viveu e morreu por Robert Lewandowski durante a fase de grupos. O artilheiro do Bayern de Munique carregou o time nas costas, mas ficou claro que a equipe como um todo não tinha qualidade suficiente para competir de igual para igual com as melhores seleções. Ainda assim, Lewandowski mostrou sua classe mundial, marcando gols importantes e criando oportunidades para seus companheiros.
A Suécia, sob o comando de Janne Andersson, jogou o futebol pragmático e eficiente que se tornou sua marca registrada. Defensivamente sólidos e perigosos nas bolas paradas, os suecos conseguiram o que precisavam: classificação em primeiro lugar no grupo. Emil Forsberg foi o destaque, marcando gols decisivos e mostrando qualidade técnica acima da média. A Eslováquia começou bem ao vencer a Polônia, mas não conseguiu manter o nível, sendo eliminada após perder os dois jogos seguintes.
Grupo F: O Grupo da Morte Supremo com Alemanha, França e Portugal
Se o Grupo C foi considerado difícil, o Grupo F da euro 2021 foi simplesmente absurdo. Alemanha, França e Portugal - três das seleções mais vitoriosas da história do futebol europeu - no mesmo grupo, junto com a Hungria. Era praticamente garantido que pelo menos uma gigante seria eliminada ou teria que se classificar como terceira colocada.
A França chegava como favorita ao título após vencer a Copa do Mundo de 2018. Com um elenco repleto de estrelas - Kylian Mbappé, Antoine Griezmann, N'Golo Kanté, Paul Pogba, Karim Benzema (retornando após anos de ausência) - os franceses tinham profundidade e qualidade em todas as posições. A vitória por 1 a 0 sobre a Alemanha no jogo de abertura confirmou seu status de candidata.
A Alemanha estava em transição sob o comando de Joachim Löw, que anunciara que deixaria o cargo após o torneio. A derrota inicial para a França colocou pressão imediata sobre a Mannschaft, mas eles responderam com uma goleada por 4 a 2 sobre Portugal, em um jogo absolutamente espetacular que teve de tudo: gols, viradas, intensidade, qualidade técnica. Kai Havertz e Robin Gosens foram os destaques alemães.
Portugal, o campeão defensor da Euro 2016, tinha Cristiano Ronaldo determinado a provar que ainda era relevante no mais alto nível. CR7 marcou em todos os jogos da fase de grupos, incluindo dois pênaltis contra a França e um contra a Alemanha, terminando como artilheiro do torneio (dividindo a artilharia). Apesar da derrota para a Alemanha, Portugal garantiu a classificação como um dos melhores terceiros colocados.
A Hungria foi a grande surpresa positiva deste grupo impossível. Jogando em casa na Puskás Aréna em Budapeste, os húngaros empregaram 67.000 torcedores (um dos poucos estádios com capacidade total durante o torneio devido às regulamentações locais de COVID-19) criando uma atmosfera intimidante. Empataram 1 a 1 com a França e 2 a 2 com a Alemanha, jogos nos quais estiveram muito perto da vitória. Apesar da eliminação, a Hungria saiu do torneio com a cabeça erguida.
As Lições Táticas dos Grupos da Euro 2021
Analisando taticamente a fase de grupos da euro 2021, vários padrões interessantes emergiram. A pressão alta voltou a ser protagonista, com equipes como Itália, Alemanha e Espanha empregando sistemas agressivos de recuperação de bola. O conceito de "gegenpressing", popularizado por treinadores como Jürgen Klopp, estava presente em muitas equipes, mostrando que o futebol moderno valoriza intensidade e transições rápidas.
O uso de três zagueiros também foi uma tendência notável. Seleções como Alemanha, Croácia e ocasionalmente a França optaram por sistemas 3-4-3 ou 3-5-2, buscando superioridade numérica no meio-campo enquanto mantinham segurança defensiva. Essa flexibilidade tática permitiu que as equipes se adaptassem aos diferentes desafios apresentados por cada adversário.
As bolas paradas continuaram sendo extremamente importantes, talvez ainda mais do que em torneios anteriores. Muitos gols decisivos vieram de escanteios, faltas e pênaltis. Equipes menores, como a Escócia e a República Tcheca, usaram as bolas paradas como sua principal arma ofensiva, reconhecendo que essas situações ofereciam as melhores chances de marcar contra adversários tecnicamente superiores.
A gestão física foi outro aspecto crucial. Com jogos a cada três ou quatro dias, as equipes que melhor gerenciaram a condição física de seus jogadores tiveram vantagem. A profundidade do elenco fez diferença, permitindo que treinadores rotacionassem jogadores sem perder qualidade. Seleções como França e Alemanha podiam fazer cinco substituições e ainda manter um nível altíssimo em campo.
O Impacto da Pandemia na Fase de Grupos
Não podemos discutir a euro 2021 sem mencionar o contexto único em que o torneio ocorreu. A pandemia de COVID-19 forçou o adiamento do campeonato de 2020 para 2021, e mesmo assim, o torneio aconteceu sob restrições significativas. Diferentes países tinham regras diferentes sobre capacidade de público nos estádios, criando uma experiência inconsistente.
Algumas partidas, como as da Hungria em Budapeste, tiveram estádios praticamente lotados, criando uma atmosfera tradicional de torneio. Outras, como alguns jogos em Munique e Roma, tiveram públicos reduzidos ou muito limitados. Essa disparidade potencialmente influenciou os resultados, já que jogar com o apoio de 60.000 torcedores oferece uma vantagem psicológica significativa sobre jogar diante de arquibancadas semi-vazias.
Os protocolos de testagem também impactaram algumas equipes. Jogadores importantes perderam jogos devido a resultados positivos de COVID-19 ou exposição ao vírus. Isso forçou os treinadores a terem planos de contingência ainda mais detalhados do que o usual, e reforçou a importância de ter um elenco profundo e versátil.
As Surpresas e Decepções da Fase de Grupos
Toda competição tem suas surpresas e decepções, e a euro 2021 não foi exceção. A Itália foi provavelmente a surpresa mais positiva - embora muitos esperassem um desempenho decente, poucos previram a dominância absoluta que demonstraram. Vencer todos os três jogos da fase de grupos sem sofrer um único gol foi uma declaração de intenções poderosa.
A Dinamarca, após o trauma inicial com Eriksen, transformou-se em uma das histórias mais inspiradoras do torneio. A maneira como se recuperaram emocionalmente e fisicamente para não apenas se classificarem, mas chegarem às semifinais, foi extraordinária. Christian Eriksen mesmo assistindo de longe, tornou-se um símbolo de união e motivação para seus companheiros.
Do lado das decepções, a Turquia liderou a lista. Chegavam com expectativas legítimas após uma campanha qualificatória impressionante e jogadores talentosos atuando nos principais clubes europeus. A realidade foi brutal: três derrotas, um gol marcado, seis sofridos, e uma eliminação vexatória. Foi um lembrete de que forma física, confiança e mentalidade são tão importantes quanto talento individual.
A Alemanha também decepcionou relativamente às expectativas, embora tenha se classificado. A derrota na estreia contra a França e o empate sufocante com a Hungria mostraram que a Mannschaft não estava no mesmo nível das principais potências. A saída precoce nas oitavas de final contra a Inglaterra confirmou que aquela geração alemã estava realmente em transição.
Os Artilheiros e Destaques Individuais
Cristiano Ronaldo terminou como artilheiro da fase de grupos com cinco gols, todos de grande importância para Portugal. Aos 36 anos, CR7 provou novamente que sua fome por gols e títulos permanecia intacta. Cada gol parecia significar mais do que apenas números - eram declarações de que ele ainda pertencia à elite absoluta do futebol mundial.
Patrik Schick da República Tcheca foi outra revelação ofensiva. Seu gol de meio-campo contra a Escócia foi candidato a gol do torneio, uma obra de arte de técnica e audácia. Schick mostrou que momentos de genialidade individual ainda podem decidir jogos em uma era de sistemas táticos cada vez mais sofisticados.
No meio-campo, Luka Modrić e N'Golo Kanté foram excecionais. Modrić, em particular, desafiou as convenções sobre idade e declínio físico, jogando com uma energia e criatividade que poucos jogadores de 35 anos conseguem manter. Kanté, por sua vez, dominou o meio-campo francês com sua capacidade única de recuperar bolas e iniciar ataques.
Defensivamente, Leonardo Bonucci e Giorgio Chiellini da Itália formaram uma dupla impressionante, mostrando que experiência e inteligência tática podem compensar alguma perda de velocidade. A química entre eles, construída ao longo de anos defendendo juntos pela Juventus e pela seleção italiana, foi evidente em cada jogo.
Como a Fase de Grupos Moldou o Restante do Torneio
A fase de grupos da euro 2021 estabeleceu narrativas que se desenvolveram ao longo de todo o torneio. A Itália continuou sua campanha impecável até a final, onde venceu a Inglaterra nos pênaltis. A confiança e o momentum construídos durante a fase de grupos foram fundamentais para seu sucesso.
A Dinamarca levou sua energia emocional até as semifinais, eliminando seleções favoritas pelo caminho. A derrota para a Inglaterra em Wembley, embora dolorosa, não diminuiu o orgulho do que haviam conquistado. Sua jornada de luto e tragédia até quase alcançar a final foi uma das histórias mais tocantes do futebol recente.
Por outro lado, algumas seleções que tiveram desempenhos medíocres na fase de grupos não conseguiram se recuperar. A França, apesar de ter o elenco mais talentoso, foi eliminada nas oitavas de final pela Suíça nos pênaltis, em uma das maiores surpresas do torneio. A falta de coesão e intensidade que ocasionalmente apareceu durante a fase de grupos custou caro quando enfrentaram um adversário determinado.
FAQ - Perguntas Frequentes sobre a Euro 2021 Grupos
Quantos grupos teve a Euro 2021?
A Euro 2021 teve seis grupos (A, B, C, D, E e F), cada um com quatro seleções, totalizando 24 equipes participantes. Este formato foi mantido desde a Euro 2016, expandindo em relação ao formato anterior de 16 equipes.
Quais seleções se classificaram em primeiro lugar em cada grupo?
Os vencedores dos grupos foram: Grupo A - Itália, Grupo B - Bélgica, Grupo C - Holanda, Grupo D - Inglaterra, Grupo E - Suécia, e Grupo F - França. Todas essas equipes avançaram diretamente para as oitavas de final.
Como funcionou a classificação dos terceiros colocados?
Os quatro melhores terceiros colocados entre os seis grupos avançaram para as oitavas de final. A classificação considerava primeiro o número de pontos, depois o saldo de gols, depois gols marcados, e por último o fair play. Este sistema criou muita tensão nos últimos jogos da fase de grupos.
Qual foi o grupo mais difícil da Euro 2021?
O Grupo F, com França, Alemanha, Portugal e Hungria, foi considerado o "grupo da morte" mais difícil. Reunir três campeões mundiais e europeus no mesmo grupo foi sem precedentes, tornando impossível prever quem avançaria.
Por que a Euro 2021 aconteceu em 2021 e não em 2020?
O torneio foi originalmente agendado para 2020, mas foi adiado em um ano devido à pandemia de COVID-19. Apesar de acontecer em 2021, manteve oficialmente o nome "UEFA Euro 2020" por razões de marca e marketing.
Quantas cidades sediaram jogos da fase de grupos?
Onze cidades em onze países diferentes sediaram jogos da Euro 2021: Londres, São Petersburgo, Munique, Baku, Roma, Amsterdã, Bucareste, Budapeste, Copenhague, Glasgow e Sevilha. Foi a primeira vez que um torneio continental foi realizado em tantos locais diferentes.
Qual foi a maior goleada da fase de grupos?
A maior goleada foi a vitória da Espanha sobre a Eslováquia por 5 a 0, na segunda rodada do Grupo E. Este resultado ajudou a Espanha a se recuperar do empate sem gols na estreia contra a Suécia.
Quem foi o artilheiro da fase de grupos?
Cristiano Ronaldo liderou a artilharia da fase de grupos com cinco gols, todos marcados em jogos cruciais para Portugal. Ele terminou como um dos artilheiros do torneio inteiro, compartilhando a honra com Patrik Schick.
Alguma seleção venceu todos os jogos da fase de grupos?
Sim, duas seleções tiveram campanhas perfeitas: Itália (Grupo A) e Holanda (Grupo C) venceram os três jogos. A Itália também não sofreu nenhum gol durante essa fase, demonstrando dominância absoluta.
Qual foi o jogo mais emocionante da fase de grupos?
Muitos consideram Holanda 3 x 2 Ucrânia como o jogo mais emocionante, com cinco gols, viradas e intensidade do início ao fim. O jogo Alemanha 4 x 2 Portugal também foi espetacular, com qualidade técnica excepcional de ambos os lados.

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